Brasil: O País do futuro que vai quebrar em 2040! Déficit Populacional, Dolarização, Imigração, Filhos, Previdência e Impostos.

 Isso é um editorial que utiliza dados públicos e é um registro do que tenho observado, até o momento, da situação da América Latina, estando hoje na Argentina, mas acompanhando o Brasil, Peru, Chile e Uruguai. 

O objetivo aqui é apresentar uma ideia rápida do que estou vendo, e trazer várias informações em uma leitura de 2 minutos. Vamos lá:


O bordão antigo de que o Brasil era o país do futuro, ficou completamente para trás. E antes que você pense, isso não tem qualquer menção a Política Brasileira. Então, não associe com nenhum dos lados.


DÉFICT POPULACIONAL

O Brasil teve um crescimento populacional de quase 100 milhões de pessoas em um período de 40 anos, de 1950 até 1991 :


Isso, coincidentemente ou não, impulsionou a economia brasileira, pois exige maior produção de bens, e desenvolvimento, principalmente de infraestrutura, que é o principal fator para análise de IDH de um país, pois era necessário produzir mais estradas, mais imóveis, realizar mais obras de saneamento básico e planejamento de bairros.

"Minha bisavó teve 13 filhos, meu avô teve 2, minha mãe teve 1, eu tenho 0."

A Geração dos jovens de 96 em diante, que se formaram há pouco tempo, além de enfrentar barreiras de mercado para conseguir um trabalho, não planejam ter filhos. Junto a isso, vem a expansão dos métodos contraceptivos e a ascensão das mulheres no mercado de trabalho, que também estão focadas em seus objetivos profissionais.

Tudo isso resulta em um freio de crescimento populacional, que bate com os dados do Censo:



IMIGRAÇÃO

Os Brasileiros, cada vez mais tem deixado o país para morar no Exterior. Segundo os dados do Itamaraty, são mais de 4 milhões:



E o número tem crescido, justamente na desaceleração do crescimento populacional do Brasil:



Ou seja, no Brasil, os jovens e profissionais não formam famílias como antigamente, assim como, milhões de brasileiros. Segundo a Policia Federal, somente em 2022, foram mais de 2 milhões de pedidos de emissão de passaporte. Número que não pode ser levado como intuito de imigração, pois é necessário como turismo.

Mas também houve o crescimento na busca de reconhecimento de dupla cidadania, e de visto para os Estados Unidos. O Consulado Italiano informou esse ano que há uma fila de 200 mil pessoas para emissão de passaporte em São Paulo.

A tendência é que o Brasileiro viaja para o exterior e não volte mais, conforme a Policia Federal Informou ano passado:


Isso sem levar em consideração que inúmeros brasileiros que estão no exterior se encaixam como fuga de capital intelectual. Pois, vários migram para iniciar empresas e trabalhar para grandes corporações no exterior, e consequentemente, deixam de gerar riqueza e empregos no Brasil.


O BRASIL ESTÁ FICANDO VELHO


Meu avô nasceu em 1956, trabalhou por 35 anos e se aposentou com 50 anos. Provavelmente, vai receber mais tempo de contribuição de aposentadoria do que de trabalho, já que a expectativa de vida dos brasileiros, cada vez mais tem aumentado.

A idade para aposentadoria já passou para 65, e a maioria dos brasileiros sequer acreditam que um dia vão conseguir isso.

Veja que interessante. Nos anos 80 e 90, quando houve o "boom" populacional e econômico, a Carga Tributária também era inferior. Na medida em que o crescimento populacional foi desacelerando, a economia acompanhou:






Segundo os dados do TCU, a Previdência passou a ser 60% dos gastos do Governo:






Assim como, houve uma queda de arrecadação, impulsionada por desaceleração da economia, redução de fábricas e empregos em massa e informalidade:



Então, a própria previdência não é autossustentável. Como consequência, o Governo acaba necessitando aumentar as receitas, e isso vai muito de acordo com cada espectro. Seja reduzindo para dar mais liberdade e aquecer a economia, seja dando crédito, seja aumentando gastos. Tudo depende da estratégia econômica. 

Fato é que, o aumento de gastos e custos do Governo tem aumentado a Tributação no Brasil, conforme os gráficos apresentados, pressionam cada vez mais o custo de vida do brasileiro e a inflação.


DOLARIZAÇÃO

O dólar acaba sendo a nossa moeda de referência de viabilidade de uma economia. E a demonstração da comparação do real com ele é absurda:



As poucas pessoas que conseguiam guardar dólares desde os anos 90 no Brasil, são aquelas que conseguiram desfrutar de um pouco de conforto econômico, assim como ocorreu na Argentina. Onde o dólar saiu de 1x1 em 1994 para 1x780 no cambio blue.

Não vou aprofundar aqui, a crise econômica Argentina e todo o contexto, mas a crise e os problemas enfrentados por ela, deixam um sinal laranja para vermelho na economia brasileira.


CURVA DE LAFFER


O fundamento cientifico para explicar esse fenômeno é a Curva de Laffer. O Economista destacou o ponto de equilibro de Imposto em uma economia. 

Aqui faço um destaque; Como um profissional da area Tributária, meu papel é ver a melhor forma de economizar os imposto a curto e médio prazo, e isso passa diretamente por uma análise do contexto socioeconômico e geopolítico do pais.

Vamos a curva de Laffer:



O Brasil está claramente seguindo a Curva de Laffer, tendo como base os Gráficos populacionais, Despesas e Gastos, Arrecadação,  Imigração, Tributação e Desaceleração Econômica. Veja o gráfico de Crescimento do PIB brasileiro desde 1961:



Agora, outro gráfico do Tesouro apresenta uma comparação efetiva da receita x despesa no Brasil:




CONCLUSÃO

Seguindo a tendência de aposentadoria da geração que nasceu nos anos 70/80 nos próximos anos do Brasil, aproximadamente em 2040, é que 20 milhões de pessoas que nasceram nesse período sejam inseridas no sistema de previdência, e consequentemente aumentem os gastos.

Não obstante, teremos ainda um problema social devidamente escancarado, que será a falta de empregos e de jovens trabalhando, que no sistema tradicional da previdência, segundo o portal Edição do Brasil, no momento estava sendo necessários 10 trabalhadores para manter um aposentado.

Isso sem levar em consideração as megalomaníacas aposentadorias de políticos, militares e o alto escalão do funcionalismo público que pesa ainda mais o sistema. 

O objetivo aqui foi trazer uma análise do cenário. Se não iniciarmos medidas de redução do Estado, geração de empregos e um controle de gastos, o Brasil vai ser encaminhado ao precipício.

Essa é a minha opinião. Achou válida? Gostaria de contribuir com algum comentário ou sugestão?
 

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